O FMI tenta pôr fim à grave crise económica no Egito com a aprovação de um empréstimo de 12 mil milhões de dólares nos próximos três anos.
Em troca o governo comprometeu-se a lançar um profundo plano de austeridade que se arrisca a inflamar a revolta da população.
A polícia egípcia deteve esta sexta-feira mais de 300 pessoas durante uma jornada de protestos em todo o país contra o aumento do custo de vida.
As reformas exigidas pelo FMI prevém uma redução drástica das subvenções públicas, em especial aos combustíveis, que fizeram disparar os preços dos bens essenciais no país.
A libra egipcía sofreu uma queda de 50% face ao dólar, depois do Banco Central ter aceite adotar uma taxa de câmbio flutuante. Uma medida que fez disparar o preço dos bens importados, como o açúcar.
Num país onde um terço da população vive abaixo do limiar da pobreza, a austeridade poderá, no entanto, a aumentar ainda mais a instabilidade política e a contestação contra o governo do presidente Abdel Fatah Al-Sissi.
A violenta repressão da oposição e os atentados islamitas tinham afetado seriamente o turismo, um dos principais recursos económicos do Egito.