Grossista do Zimpeto encerra segunda-feira para reorganização

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VENDEDORES do mercado grossista do Zimpeto temem a deterioração dos seus produtos, com o encerramento deste estabelecimento, segunda-feira, para reorganização,no âmbito das medidas de prevenção e contenção da Covid-19.

Com efeito, os operadores praticam preços relativamente baixos para evitar perdas avultadas, uma vez que o mercado está devidamente abastecido por se tratar de fim do mês, período em que há mais procura de alimentos.

Ricardo Fernando, vendedor de tomate, disse que uma caixa de vinte quilogramas, por exemplo, é vendida a 550 meticais, contra os anteriores 1200, tudo para evitar a deterioração da sua mercadoria.

A batata-reno, tal como referiu Rui Macangue, igualmente vendedor, sai entre 190 e 350 meticais, contra os anteriores 250 a 450. Um saco de 10 quilogramas de cebola é vendido de 380 a 450, contra os anteriores 600 a 800 meticais.

“É verdade que não teremos nenhum lucro mas também não queremos registar perdas enormes. Neste momento a grande luta é não perder o capital investido”, disse Macangue.

Ester Isabel, administradora do Grossista do Zimpeto, precisou que o adiamento do encerramento do mercado, de sexta para segunda-feira, foi a pedido dos operadores porque têm muitos produtos nas bancas.

“A nossa ideia não é prejudicar os vendedores, daí que atendemos o seu pedido. O que nós pretendemos é reorganizar a venda dentro do mercado, uma vez que se nota muita desordem”, disse.

Emídio Fabião, director de Mercados e Feiras no Conselho Municipal de Maputo, disse que o objectivo de encerrar os mercados visa fazer cumprir com as medidas de prevenção e contenção da Covid-19.

O dirigente anotou que durante os três dias em que o mercado estará encerrado serão realizados trabalhos de limpeza do pátio, pulverização das bancas e barracas, abertura de acessos, uma vez que alguns estabelecimentos estavam desalinhados.

“Há zonas onde os utentes do mercado não conseguem entrar com as suas viaturas porque os espaços foram tomados pelos vendedores informais. Isso não pode acontecer porque o grossista é um mercado distribuidor e não retalhista”, indicou.


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