O NOVO coronavírus está a alastrar-se para novas áreas geográficas do país, particularmente os distritos, onde não se consegue fazer a relação com episódios anteriormente reportados, o que, segundo as autoridades da Saúde, pode significar o surgimento de novas cadeias de transmissão.
Esta situação é acompanhada pelo aumento do número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus, algumas das quais a necessitar de cuidados hospitalares e internamento.
Informação prestada ontem pela directora nacional de Saúde Pública indica que oito pessoas estão sob cuidados hospitalares, havendo um que carece de cuidados intensivos. Há ainda duas mulheres grávidas cujos sintomas são considerados leves a moderados.
Falando na habitual conferência de imprensa para a partilha de informação sobre a evolução da Covid-19 em Moçambique e no mundo, Rosa Marlene disse que dos internados quatro estão hospitalizados na província de Nampula, dois na cidade de Maputo, um em Sofala e igual número em Cabo Delgado.
Na ocasião Marlene anunciou seis novos casos positivos da doença, diagnosticados em 483 testes realizados entre quinta-feira e ontem, elevando desde modo para 668 o número de pessoas infectadas, sendo 605 de transmissão local e 63 importados.
Em relação aos novos casos, todos são moçambicanos (cinco do sexo masculino), sendo dois na província do Niassa (cidade de Lichinga e distrito de Mecanhelas), igual número em Maputo (distritos de Magude e Boane) e os restantes nas cidades de Pemba (de Cabo Delgado) e Tete, província com o mesmo nome.
A fonte referiu que dois são menores, sendo um de idade inferior a cinco anos; igual número de adolescente e jovens dos 15 aos 24 anos e dois de idades compreendidas entre 35 e 44 anos.
Para dar resposta à epidemia, a fonte fez saber que a Saúde “está numa boa fase de prontidão”, explicando haver, por um lado, melhores condições de educação e promoção da prevenção da doença e, por outro, terem sido criados centros de internamento por todo o país com condições suficientes para o tratamento dos pacientes.
Prova disso, segundo a fonte, é o crescimento de pessoas dadas como recuperadas da Covid-19, depois de hospitalizadas e outros que sem sintomas.
Até ontem o país contava com 170 pessoas recuperadas da doença, significando que actualmente existem em Moçambique 486 indivíduos activos, isto é, que ainda continuam infectados.
Por isso as autoridades voltaram ontem a apelar para o reforço das medidas de prevenção da doença, como a obrigatoriedade de usar máscaras, reduzir a mobilidade, manter o distanciamento social e a lavar frequente e correctamente as mãos com água, sabão ou cinza ou ainda lixívia. Desaconselha ainda o consumo abusivo de bebidas alcoólicas e o tabaco, devido aos seus efeitos na saúde do indivíduo e na esfera social.