COVID-19: MISAU equaciona uso de testes rápidos

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A UTILIZAÇÃO de testes rápidos para diagnóstico da Covid-19 ainda não foi validada pelo Ministério da Saúde (MISAU) que, no entanto, não descarta a possibilidade de recorrer a estes meios para melhor compreender o comportamento da doença no país.
O recurso a testes rápidos não tem colhido consenso a nível da comunidade científica, numa altura em que vários países afectados pela pandemia optam por esta via para suprir a escassez dos diagnósticos moleculares usados em laboratório.

Não obstante a produção em massa de testes rápidos, o Instituto Nacional de Saúde (INS) adverte para os cuidados a tomar em relação à sua fiabilidade.

“Os testes rápidos detectam a resposta do organismo à Covid-19, mas não detectam o vírus em si. Para efeitos de padronização é preciso confirmar se os testes rápidos foram validados a nível internacional. Depois desta etapa, haverá um momento em que o MISAU vai recomendar a utilização dos testes rápidos para compreender a epidemiologia”, explicou Sérgio Chicumbe, do INS.

Enquanto isso, os últimos dados oficiais ilustram uma contínua progressão de novas infecções. Ontem foram anunciados mais seis resultados positivos obtidos da análise feita a 288 amostras no laboratório de referência do INS e em centros privados.

Segundo a directora nacional de Saúde Pública, todos infectados são de nacionalidade moçambicana e cumprem isolamento domiciliar. Dois apresentam sintomas leves da doença e quatro não têm qualquer sintomatologia.

As amostras testadas entre quarta-feira e ontem resultam da vigilância activa, diagnóstico de suspeitas, rastreio de rotina nas unidades sanitáriaseda testagem de contactos regressados do acampamento de Afungi, em Cabo Delgado.

Com esta actualização, subiu para 162 o número de casos cumulativos de infectados no país, desde a eclosão da doença em Março último. Deste universo, 138 casos são de transmissão local e 24 importados. Sobre a localização dos casos positivos, Rosa Marlene deu a conhecer que dois pacientes estão na cidade de Maputo; três no distrito de Palma, em Cabo Delgado, e um no distrito de Changara, província de Tete.

Em relação ao paciente internado num dos hospitais públicos da capital, o INS avançou que o mesmo está a merecer especial atenção, tendo em conta o seu historial de doenças crónicas.

As equipas no terreno ainda estão a identificar os contactos expostos à paciente que abandonou o isolamento domiciliar no distrito de Zavala, província de Inhambane. Sérgio Chicumbe explicou que a testagem imediata dos contactos pode não revelar a presença do vírus devido ao período de encubação.


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