As tarifas de transporte ferroviário de passageiros na região sul do país passam a ser mais caras a partir de hoje, facto justificado pela necessidade de minimizar os custos de manutenção dos meios e garantir melhor qualidade dos serviços prestados ao público.
De acordo com fonte da direcção executiva sul da empresa de Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM-Sul), as viagens Maputo/Ressano Garcia ou Maputo/Goba e vice-versa, que, até hoje, custam 20 meticais, passam a ter a tarifa de 27 meticais, se os bilhetes forem adquiridos nas estações e apeadeiros. A bordo das composições, cada passageiro será cobrado a taxa de 29 meticais.
Para pontos intermédios, como Matola-Gare e Boane, os passageiros vão pagar 11 ou 12 meticais, contra os actuais 7 meticais.
Para viagens consideradas de longo curso, como Magude, a nova tarifa foi fixada em 60 meticais, Manhiça sai de 20 para 40, enquanto Chókwè passa de 80 a 90 meticais, tendo como ponto de referência a estação central na baixa da cidade de Maputo.
Os passageiros de Combomune, M´puzi e Mapai, zona norte de Gaza, vão pagar 160, 185 e 205 meticais, respectivamente, enquanto as ligações entre a capital e Chicualacuala, zona limítrofe com Zimbabwe, passa a custar 240 meticais nas bilheteiras e 265 a bordo. De Maputo a Chicualacuala, o custo anterior era de 208 meticais.
Os CFM apontam que o serviço de transporte de passageiros continua a ser eminentemente social e constitui contribuição da empresa para a minimização das necessidades de mobilidade e acessibilidade em zonas desprovidas de rodovias.
Acrescenta que as tarifas estão muito aquém das praticadas no transporte rodoviário e de suportar os custos, o que concorre para a acumulação de prejuízos que rondam anualmente pouco mais de 200 milhões de meticais.
O sistema sul transporta diariamente cerca de 14 mil pessoas, sendo a linha de Ressano Garcia a mais procurada e a de Goba a menos pressionada.