A esperança média de vida em Moçambique cresceu em pouco mais de um ano, em relação a 2018, ultrapassando os 60 anos, segundo o relatório de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas, ontem divulgado. Moçambique manteve o 180.º lugar entre 189 países avaliados no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Tal como no último ano, Moçambique melhora no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) absoluto (de 0,437 para 0,446 valores), mas mantém-se entre os países classificados na categoria de “baixo desenvolvimento”, um grupo com 36 membros, e continua a ser o país lusófono com pior posição no IDH. No detalhe de cada item do relatório, as variações são mínimas de um ano para outro, sendo que salta à vista, logo entre os indicadores mostrados à cabeça, o aumento da esperança média de vida à nascença – uma tendência seguida a nível mundial. No caso de Moçambique, o valor sobe de 58,9 para 60,2 anos. A esperança média de vida das mulheres aproximara-se da dos homens, subindo de 61 para 63 anos, enquanto que, a dos homens pouco ganha: de 56,7 para 57,1 anos. Ainda assim, a esperança média de vida à nascença é 22 anos menor que na Noruega, o país que ocupa a primeira posição do IDH, onde quem nasce pode esperar chegar aos 82 anos. Noutras oscilações notórias, Moçambique perde quatro posições no índice de desigualdade de género, que mede as diferenças no tratamento dado a homens e mulheres, descendo da posição 138 para 142 no IDH ontem lançado. Há ainda um aumento no número de nascimentos por cada mil mulheres com idade entre os 15 e os 19 anos, de 135,2 para 148,6.