A COMISSÃO Nacional de Eleições (CNE) confirmou a Frelimo e o seu candidato presidencial, Filipe Jacinto Nyusi, como vencedores das sextas eleições gerais e terceiras das assembleias provinciais, realizadas a 15 de Outubro no país. Para um total de 13.969.978 eleitores inscritos, a taxa de abstenção situou-se nos 49,69 por cento, significando que 6.941.533 não foram votar.
Os resultados anunciados ontem, em cerimónia realizada no Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano, em Maputo, conferem vitória a Filipe Nyusi nas eleições presidenciais, com 73 por cento do total de votos expressos, correspondentes aos 4.507.549 votos contabilizados a seu favor. Ossufo Momade foi o segundo concorrente mais votado, com 1.351.142 votos, correspondentes a 21.88 por cento. Daviz Simango obteve 270.413 votos, correspondentes a 4.36 por cento, e Mário Albino reuniu 45.260 votos a favor, equivalentes a 0.73 por cento do total de votos expressos.
Na votação para a Assembleia da República, o partido Frelimo foi anunciado vencedor, com 4.195.072 votos a favor, correspondentes a 70.78 por cento, o que lhe permite conquistar dos 184 assentos neste órgão. A Renamo ficou na segunda posição, com 1.345.675 votos, que equivalem a 22.71 por cento, que lhe conferem 60 lugares no Parlamento. O MDM, com 250.790 votos, juntou 4.24 por cento, o que lhe dá direito a seis assentos no órgão legislativo.
Pelos resultados eleitorais divulgados ontem pela CNE, no mandato de 2019 a 2024 a Assembleia da República continuará dividida em três bancadas, nomeadamente a Frelimo, a Renamo e o MDM.
A Frelimo conquista desta forma mais 40 assentos, dos 144 que possui na legislatura prestes a findar. Por seu turno, a Renamo deverá baixar dos actuais 89 para 60 mandatos, enquanto o MDM desce de 17 para seis deputados.
Os resultados da CNE indicam que a Frelimo também venceu as eleições das assembleias em todas as províncias do país, devendo, por via disso, nomear os respectivos governadores.
Ainda hoje, as actas e editais originais, assinados e carimbados, onde constam os resultados apurados, as reclamações, os protestos e contra-protestos, bem como as decisões que tenham sido tomadas pela Comissão Nacional de Eleições serão submetidos ao Conselho Constitucional.
Após a divulgação dos resultados, o presidente da CNE, Abdul Carimo Sau, apelou aos cidadãos, em geral, e aos membros e simpatizantes dos partidos políticos, em particular, a aguardarem serenamente pela proclamação e validação dos resultados pelo Conselho Constitucional de forma serena.
Entretanto, os dois maiores partidos da oposição, a Frelimo e a Renamo, reagiram aos resultados anunciados, considerando que são “nulos e sem validade”, alegadamente por ilustrarem um processo que consideram que foi problemático.
O presidente da CNE considera positiva a forma como decorreram as eleições e congratula todos os intervenientes pela postura de civismo e espírito patriótico manifestados.