Até 2030: Diversificação de fontes pode acelerar alcance da meta

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A MASSIFICAÇÃO do uso de fontes renováveis é um caminho incontornável rumo ao acesso universal à energia até 2030 e consequente transformação das zonas rurais, onde apenas cinco por cento da população acede à rede pública de electricidade.

Esta é a meta definida pelo Fundo de Acesso Sustentável à Energias Renováveis em Moçambique (FASER), iniciativa lançada ontem na capital, com o objectivo de potenciar fontes alternativas como sistemas solares micro-hídricas, para além da densificação da rede.

Na componente humanitária, o projecto vai facilitar o acesso a fogões melhorados e soluções solares fotovoltaicos para famílias em regiões assoladas pelo ciclone Idai, nas províncias de Sofala e Manica.

O fundo, estimado em cerca de 3.8 milhões de euros, é financiado pela Cooperação Alemã (GIZ), e a sua implementação é liderada pela Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC).

Por via do mecanismo de financiamento baseado em resultados, o fundo é destinado a fornecedores e distribuidores, pequenas e médias empresas com capacidade para conceber tecnologias de baixo custo de produção de energia renovável.

Para a presidente da FDC, Graça Machel, o FASER é uma iniciativa estruturante, pois vai espevitar a transformação das zonas rurais, que por falta de energia e demais infra-estruturas encontram-se à margem do desenvolvimento.

“A transformação das zonas rurais exige um investimento enorme na comunicação. Estamos a viver num país em que milhões dos nossos concidadãos vivem como se estivessem no século XVIII. Por isso, este fundo tem a missão de reduzir o desnível que ainda assistimos”, disse.

Falando no acto do lançamento do fundo, Graça Machel convidou parceiros de cooperação e empresariado a se juntarem à iniciativa para que se materialize o propósito de acesso universal de energia até 2030.

Segundo Machel, a FDC traz valor acrescentado na implementação do FASER por conta da sua representação em 43 distritos do país, para além de larga experiência na gestão de fundos.

Segundo o representante da GIZ em Moçambique, Peter Pfaumann, os fornecedores e distribuidores de energias renováveis deverão efectuar o pré-financiamento dos seus projectos.

Refira-se que no ano passado o Governo lançou o “Programa Nacional de Energia para Todos” que prevê o acesso universal até 2030.

O custo deste programa deverá atingir oito mil milhões de dólares norte-americanos, de acordo com o vice-Ministro da Energia e Recursos Minerais, Augusto Fernando. Parte considerável deste investimento será canalizada para as energias renováveis.


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