Zimbabué, Botswana e Namíbia querem poder voltar a vender marfim

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Países têm toneladas de marfim em bruto acumulado,

fruto de anos de proibição.
O Zimbabué, o Botswana e a Namíbia vão pedir o fim das proibições de venda de marfim em bruto.

 

Conta o The Guardian que estes três países, que representam cerca de 60% da população de elefantes do continente africano, vão fazer o pedido na próxima conferência do Cites, que vai decorrer no Sri Lanka. O Cites é o regulador que proíbe o comércio não regulado de espécies animais protegidas.

 

De acordo com o ministério da informação do Zimbabué, já lá vão 13 anos desde a última venda daquele Estado africano de marfim em bruto. “A nossa reserva de marfim vale 300 milhões de dólares, que não podemos vender porque países sem elefantes nos dizem o que devemos fazer com os animais”, queixou-se Nick Mangwana, do governo daquele país.

 

A população de elefantes subiu no Zimbabué nos anos mais recentes, o que levou a um aumento do número de pessoas mortas por elefantes, mas também de culturas agrícolas destruídas por elefantes que vaguearam para lá das zonas habituais de conservação.

 

A questão não tem sido consensual. Há quem refira que a venda de marfim poderia permitir um reforço nos fundos para a conservação. Por outro lado, teme-se que a reabertura deste mercado implique um retrocesso numa espécie animal que em tempos proliferou em África mas cuja população desceu consideravelmente no século XX, nomeadamente por conta do tráfico de marfim.

 

Atualmente, o Zimbabué conta com cerca de 85 mil elefantes no país, isto quando os parques naturais e as zonas de conservação do país só terão capacidade para manter cerca de 55 mil elefantes.

 

O Zimbabué fará um segundo pedido, paralelo, quando apresentar o seu caso perante o Cites: autorização para vender elefantes a outros países.


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