Cabo Delgado vacina contra a cólera

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PERTO de 285 mil pessoas serão imunizadas contra a cólera na província de Cabo Delgado, durante a primeira fase da campanha de vacinação lançada ontem na capital provincial, Pemba, que durante cinco dias vai cobrir também os distritos de Mecúfi e Metuge.

Segundo dados confirmados na ocasião, nas últimas semanas a doença afectou 180 pessoas, sem registo para óbitos.

Ligado à campanha, o Ministério da Saúde recebeu do UNICEF mais de 500 mil doses orais da vacina, quantidade que se espera suficiente para cobrir as necessidades de vacinação na província, que deverá decorrer em duas fases.

O governador da província, Júlio Parruque, que procedeu ao lançamento da campanha em cerimónia que decorreu no Centro de Saúde do bairro Eduardo Mondlane, exortou os gestores da Saúde na província, os governos dos distritos abrangidos pela vacinação, no sentido de tudo fazer para que a campanha seja um marco na prevenção da cólera naquela província, que detém uma das taxas de prevalência mais altas do país.

Segundo as autoridades, além dos 180 casos cumulativos registados até ao momento, há um número não especificado de portadores assintomáticos, que podem desenvolver a doença a qualquer momento, por existir factores susceptíveis de propiciar tal cenário, nomeadamente o transbordo de latrinas devido às águas da chuva que se seguiu ao ciclone, entre outras razões.

Para além de exortar a população a aderir massivamente à campanha de vacinação, Júlio Parruque desencorajou os promotores de desinformação contra a vacinação, tendo destacado que a vacinação vai trazer ganhos para toda a província.

A vacina contra cólera, que segundo o Instituto Nacional de Saúde deve ser tomada em duas fases para aumentar sua eficácia, tendo sido testada com sucesso nas províncias de Nampula, Tete, Manica, Sofala, nesta última depois da passagem do ciclone Idai.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) congratulou os esforços do Governo e de parceiros, pelas medidas de prevenção e intervenção antes e pós-ciclone, respectivamente, que fizeram com que, vinte dias depois da passagem do fenómeno, a população afectada inicia-se o processo de reconstrução das suas vidas.


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