SADC discute partilha de água

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NENHUM país da Comunidade para oDesenvolvimento da África Austral (SADC) deve ficar sem água em razão da falta de coordenação na gestão dos recursos disponíveis.

A posição foi defendida ontem pelo Governador da província de Maputo, Raimundo Diomba, intervindo na sessão de abertura da reunião da River and Environmental Management Cooperation (REMCO) – entidade regional de cooperação nas áreas de ambiente e recursos hídricos, que decorre desde ontem na cidade da Matola.

A expectativa de Diomba é que o encontro resulte em plataformas reforçadas para uma cooperação que possibilite o uso racional e partilhado da água, sobretudo nesta fase em que a região enfrenta secas prolongadas

No mesmo diapasão alinhou Bernard Shongue, responsável da Autoridade da Bacia Hidrográfica de Komati, para quem a coordenação tem sido crucial no uso racional da água do Rio Incomáti, em particular, acrescentando esperar resultados e recomendações que concorram para a melhoria dos laços.

Por seu turno, Victor Tacuale, vice-ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, destacou a importância das parcerias entre os países da SADC na gestão da água, assumindo que é um recurso escasso.

Segundo Tacuale, a atenção que o Governo atribui à cooperação se justifica,entre outras razões, pelo facto de Moçambique partilhar nove das suas principais bacias hidrográficas com vários países da região.

Tauacale, que discursava na abertura do encontro da REMCO, disse que o país conta já com cerca de 20 anos de experiência no estabelecimento e manutenção de gestão partilhada dos recursos hídricos.

Tem acordos com vários membros da SADC,com destaque para África do Sul, Zimbabwe, Zâmbia, Malawi, Tanzania, Botswana, nascentes ou territórios percorridos pelos rios que desaguam na costa moçambicana.

A conferência da REMCO que ontem arrancou na cidade da Matola e que amanhã termina é a quinta e junta Moçambique, África do Sul e o reino de eSwatini, tendo como base das discussões a bacia do Incomáti, que atravessa os três países.

O fórum conta ainda com Alemanha e Holanda, tendo em conta que foi criado para melhorar a gestão das bacias transfronteiriças do Incomáti e Vecht, que liga os dois países europeus.

A conferência constitutiva realizou-se em 2009 na Alemanha.


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