Inicia hoje em todo o país a campanha de educação cívica visando sensibilizar os cidadãos em idade eleitoral para serecensearem,
habilitando-se a votar nas eleições presidenciais, legislativas e para as assembleias provinciais a terem lugar a 15 de Outubro.
O recenseamento eleitoral devia ter iniciado a 1 de Abril corrente, tendo acabado por ser adiado devido ao impacto do ciclone Idai e das inundações que devastaram a região central do país, colocando milhares de pessoas na situação de deslocados. O Governo decidiu, então, protelaro início do processo para se concentrar no apoio às vítimas, marcando para 15 de Abril a nova data.
O adiamento do arranque do processo, por 15 dias, deveu-se ainda ao facto de não haver condições para o efeito, dado que havia cidadãos em zonas inacessíveis e infra-estruturas de apoio destruídas total ou parcialmente.
Na sua comunicação, ontem, por ocasião do 7 de Abril, o Presidente da República explicou que o adiamento do recenseamento eleitoral era inevitável, pois revelava-se necessário assegurar que os constrangimentos fossem ultrapassados, criando condições para o início do processo e evitar que o calendário eleitoral fosse desestruturado.
“Podemos, hoje, afirmar que as condições criadas não poderão impedir na totalidade que o recenseamento ocorra sem constrangimentos.Por razões a que nos referimos, este exercício decorrerá de 15 de Abril a 30 de Maio de 2019 à escala nacional, incluindo para os moçambicanos que vivem em círculos eleitorais na diáspora”, disse o Chefe do Estado.
Os órgãos eleitorais tinham todas as condições asseguradas para o arranque do processo na data prevista, até que no dia 14 de Março o ciclone Idai, considerado o mais forte a afectar Moçambique desde 2008, atingiu as províncias de Sofala, Manica, Tete, Zambézia e o norte de Inhambane.
O recenseamento eleitoral será realizado de raiz nos distritos sem autarquia e actualizado nos 53 distritos autárquicos. A Comissão Nacional de Eleições (CNE) criou 7737 postos de recenseamento eleitoral em todo o país, que deverão funcionar com 5096 brigadistas, para atender um universo de aproximadamente 13 milhões de eleitores.