Somos peritos em disfarçar as emoções, mas as consequências que advêm desta negação contam com várias desvantagens para a saúde.
Há muito ritmo nos dias de hoje. A pressão sente-se no trabalho, e na própria vida pessoal, que leva a que se queira fazer várias coisas ao mesmo tempo e perder o mínimo de tempo possível.
As criações fazem por acompanhar este ritmo seja pelas conversas através do ecrã, para que não se ‘perca tempo’ ou casos tão mais específicos como máquinas de lavar que se ligam através do telemóvel. O propósito é o mesmo: não há tempo a perder, e há que ignorar quaisquer distrações.
O levar esta ideia ao extremo camufla as emoções que naturalmente sentimos (ou devíamos sentir). Como diz a Time, a nossa sociedade “não aprende a lidar com as emoções, mas a bloqueá-las e evitá-las”, um atual problema que leva por vezes ao abuso de álcool, drogas (que inclui medicamentos) ou ecrãs – sendo que a tecnologia é também vista como o vício usado para evitar o lado mais humano e emocional.
Este cenário, onde as emoções são anuladas, deve todavia ser contrariado, pelo bem da nossa saúde física e mental. Tais problemas foram explorados pela revista norte-americana que não se cinge à importância de nos abrirmos e expressarmos porque ‘a comunicação é importante’. Em vez disso, explora problemas mais graves e menos conhecidos como a contração muscular ou o conter da respiração: respostas biológicas à não expressão.
O não libertar emoções, a nível verbal ou não, é sentido pelo próprio organismo e pode resultar em problemas cardíacos, intestinais ou de imunidade.
A maior dificuldade passa, comummente, pela ignorância relativa ao tema: deixam-se levar pela exclusão de emoções sem saber as suas consequências que, quando chegam, desconhece-se a origem e não se sabe como as tratar, já que as emoções são algo que não está ao alcance do nosso consciente.
A solução passa pois por consciencializar para o problema e para a importância de se trabalhar as emoções no dia-a-dia.