Há impasse na transferência dos vendedores do Mercado informal Nwakakana para o da Malanga, visando libertar o espaço para o início das obras de construção de viadutos, no contexto do projecto da ponte Maputo Ka-Tembe.
Os vendedores que deverão ser transferidos de Nwakakana alegam que o número de bancas construídas na Malanga não é suficiente para albergar a todos que exercem actividades naquele mercado.
A Empresa Maputo Sul e o Conselho Municipal de Maputo, acordaram em remodelar o mercado da Malanga em fases, para acomodar todos os vendedores, evitando entrar em compensações em dinheiro aos vendedores de Nwakakana.
A primeira fase já está pronta. Os cento e quarenta vendedores contemplados na Malanga já ocuparam as bancas. O impasse gira em torno dos que exercem actividade no Nwakakana, com uns a se mostrarem disponíveis a ceder o espaço, outros ainda a resistirem em abandonar o local.
Os números quanto aos vendedores abrangidos divergem, uma vez os de Nwakakana alegarem ser quatrocentos e vinte e o Conselho Municipal fala em trezentos e quatro recenseados.
Face ao braço de ferro dos vendedores de Nwakakana, o Município de Maputo refere que vai continuar a dialogar com os visados, tendo em vista encontrar soluções conjuntas para ultrapassar o diferendo.
Segundo vereadora para área de mercados e feiras, Orlanda Fonseca, o espaço em conflito já devia ter sido disponibilizado até princípios do ano em curso de modo a dar lugar a edificação de viadutos neste local.
Parte dos vendedores contemplados já com bancas disponíveis na Malanga deverão ceder o espaço até a segunda-feira para dar início às obras.