O tráfegodiário de viaturas na Portagem de Maputo tende a decrescer de 2015 a esta parte, suspeitando-se que seja resultado do elevado custo de vida.
De pouco mais de 30 mil carros que passavam por aquele ponto da Estrada Nacional Número Quatro (EN4) em 2007, o número foi progressivamente subindo até o pico de quase 60 mil veículos por dia, em 2015. De lá ao presente momento, o gráfico está a decrescer, posicionando-se, nos dias que correm, em cerca de 48 mil carros a cada 24 horas, de acordo com dados esta semana divulgados pela Trans African Concessions (TRAC).
Fenias Mazive, representante da TRAC no país, não precisou as razões do fenómeno, mas disse que se assiste numa altura em que o país, no geral, e os cidadãos, de forma particular, ressentem-se da crise financeira, associada à subida dos preços dos produtos básicos. Mesmo os combustíveis acabam de ser reajustados em alta.
Contudo, os períodos entre as 05.00 e 09:00, e das 16:00 às 19:00 horas continuam a ser de intenso tráfego na EN4, transitando pela portagem cerca de 4500 viaturas por hora, sendo nestes momentos que a rodovia se revela pequena para a procura por parte dos cidadãos que vivem na Matola e trabalham em Maputo e vice-versa.
Nas manhãs, o movimento é mais intenso no sentido Matola-Maputo, situação que se altera no final da tarde.
O volume de tráfego nos dois sentidos praticamente se iguala entre as 12 e as 14 horas, para logo de seguida começar a contrariar o cenário matinal.
É tendo em conta este cenário de congestionamento na ligação entre estas duas cidades e ao desgaste do piso da estrada que a TRAC está a preparar-se para arrancar com obras de reabilitação e ampliação do troço que começa da Ceres à Praça 16 de Junho.
O percurso tem cerca de 13 quilómetros e as obras de alargamento e melhoria do pavimento, incluindo iluminação pública, deverão começar ainda este ano por um período de 24 meses.
A firma, cujo contrato de concessão com os governos de Moçambique e da África do Sul vai já em 20 de um total de 30 anos, espera investir dois mil milhões de meticais nestas obras.
Fonte: Jornal Noticias