Perdeu a vida, nesta segunda-feira, a rainha ABIBI ACHIVANGILA. A história da Rainha Achivangila foi destaque na abertura do décimo festival nacional da cultura, realizado em 2018, no Niassa. Em mensagem pelo seu falecimento, ocorrido ontem, em Lichinga, o Presidente da república descreveu a rainha como uma relíquia de Moçambique. “Perdemos a batalha… Mesmo depois de muito empenho dos profissionais de saúde em Lichinga, não conseguimos evitar que a nossa RELÍQUIA, a nossa e minha amiga, a rainha do Niassa, passasse para a eternidade, exactamente nas celebrações da Páscoa e em pleno Ramadão. Faleceu ABIBI ACHIVANGILA. Deus a tenha em paz!” Assim escreveu o Presidente da República, Filipe Nhusi, na sua página do Facebook, pela morte da Rainha. A história da rainha ACHIVANGILA foi contada no décimo Festival Nacional de Cultura, realizado em Lichinga, província do Niassa, em 2018. O nome Achivangila foi atribuído há mais de 100 anos a uma mulher que, com a sua coragem, conseguiu salvar muitos escravos da morte e tornar-se rainha, sem apoio de ninguém, servindo-se apenas da sua coragem e determinação. Um dos momentos mais altos da abertura do evento foi a apresentação de um bailado escrito e encenado pela dançarina Pérola Jaime envolvendo quase mil e quinhentas pessoas, entre crianças e adultos. A coreografia baseou-se na história dos Matacas e da Rainha Achivangila e da sua luta contra a dominação colonial. Em representação da rainha, o Presidente da República convidou um dos descendentes para tecer algumas considerações. Ela entoou uma canção. Abibi Achivangila era a quinta rainha da dinastia Achivangila. Vivia em Malila, Distrito de Majune, província do Niassa. Abibi Achivangila morreu na noite de desta segunda-feira, no Hospital Provincial de Lichinga, onde estava internada há já algum tempo.