Duas das três ligas do Congresso Nacional Africano, ANC, apoiam Cyril Ramaphosa para um segundo mandato, mas com uma mulher como vice-presidente. A Liga da Juventude tem outra preferência, justificando que o actual Presidente “não está em contacto com a realidade”. A liga das Mulheres do ANC quer que Cyril Ramaphosa cumpra um segundo mandato, mas com uma mulher como vice-presidente. A mesma posição é assumida pela Liga dos Veteranos, que decidiu na noite passada apoiar o actual Presidente.
A mulher escolhida pelas duas ligas é a actual Ministra da Defesa, Thandi Modise, para servir como número dois no comando do partido. A Liga Feminina do ANC abandona, assim, a antiga esposa de Jacob Zuma nesta corrida presidencial. Analistas políticos vêem esta decisão como uma mudança dramática na postura da organização, que na conferência nacional de 2017 apoiou a candidatura de Dlamini-Zuma. Esta movimentação política dentro do ANC acontece numa altura em que o actual presidente é pressionado para se afastar do cargo na sequência do caso Phala Phala. Nesta Segunda-feira, Ramaphosa disse ao painel independente que investiga a alegada ocultação no roubo de dinheiro na propriedade do Presidente, que não fez nada de errado e não violou a Constituição nem o juramento de posse como Chefe de Estado. O painel deve decidir ate finais de Novembro se há ou matéria para o processo de “impeachment” ao Presidente Cyril Ramaphosa.