SADC convoca cimeira extraordinária para resolver a crise no Reino de Eswatini.
O encontro vai ser para semana, em Pretória, com o objectivo de tentar lançar um diálogo político nacional.
O Rei de Eswatini, Mswati III, finalmente concordou em participar da cimeira extraordinária do órgão de segurança da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, na próxima semana.
A cimeira será dirigida pelo Presidente Cyril Ramaphosa, uma vez que a África do Sul detém actualmente a presidência do órgão de segurança da SADC.
Os outros dois membros actuais da troika do órgão são a Namíbia e o Botswana.
A SADC interveio na crise no Reino de Eswatini no ano passado, após protestos violentos sem precedentes em Junho, que deixaram dezenas de manifestantes mortos e muitas infra-estruturas destruídas ou danificadas.
Após um outro surto de violência em Outubro, Ramaphosa visitou Eswatini em Novembro para se encontrar com o monarca Mswati III e anunciou, depois, que o Rei havia concordado em iniciar um diálogo político nacional.
Existem profundas diferenças em Eswatini sobre a estrutura desse diálogo nacional. Mswati III e seu governo pretendem que ocorra no formato “Sibaya”, em outras palavras, como uma reunião tradicional onde o monarca se dirige ao seu povo. Mas a oposição democrática diz que isso seria um monólogo e não um diálogo.
Continua incerto se a SADC vai conseguir persuadir Mswati III a conduzir um diálogo político nacional num formato que seja aceitável para a oposição.
(Emmanuel Langa, Arquimedes Maússe, Joanesburgo)