Presidente da República reconhece que a vida está cada vez mais cara em Moçambique.
Filipe Nyusi diz ser urgente a implementação de medidas para reduzir o custo de vida em no país, sobretudo para os grupos sociais mais vulneráveis.
É a primeira que o Presidente da República fala publicamente e de forma exaustiva sobre o custo de vida em Moçambique. Filipe Nyusi reconhece a carestia da vida e atribui o fenómeno ao aumento generalizado dos preços de produtos no mercado internacional.
“Temos plena consciência do aumento de preços na corrosão do poder de compra nas famílias moçambicanas. O meu governo considera urgente e necessária a implementação de medidas que aliviam o custo de vida nos moçambicanos. Sabemos que qualquer medida tem suas implicações. Todavia, através dos quadros que agora tomam posse recomendo a se juntar aos colegas que já estão a trabalhar para a mitigação do custo de vida dos moçambicanos. O custo de vida já não é uma canção, nem é assunto de brincadeira, é uma realidade em Moçambique e no mundo” – reconhece o Chefe do Estado moçambicano.
O chefe de estado afirma que as projecções de preços de mercadorias essenciais, com destaque para o petróleo e cereais, levam a concluir tratar-se de um momento de crise que requer uma intervenção mais firme do governo. Filipe Nyusi diz que o executivo deverá, de imediato, avaliar as medidas para o alívio, mesmo que a curto prazo o enfoque resida em medidas que ataquem a estrutura do custo de combustíveis importados.
“Estas medidas podem contemplar subvenções ao sector formal de transporte de passageiros, são de natureza extraordinária e terão um impacto negativo no equilíbrio das contas públicas, assim como nos rácios relativos à gestão macroeconómica das reservas cambiais. Porém, elas vão permitir a mitigação dos efeitos inflacionistas, enquanto perdurarem os choque externos, e atenuar a deterioração das condições de vida dos moçambicanos, em especial os carenciados”.
As medidas foram anunciadas, esta terça-feira, na cerimónia de tomada de posse do novo Ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, e do Vice-ministro dos Recursos Minerais e Energia, António Saíde.