O fim do estado de calamidade pública no país vai ajudar na recuperação rápida da economia.
A opinião foi expressa por alguns economistas, na sequência do alívio das medidas restritivas da COVID-19, hoje anunciadas pelo presidente da república, Filipe Nyusi.
O sector económico foi um dos que mais sofreu com as restrições impostas devido a covid1-19.
As limitações que o sector privado teve em 2020, ano tido como o mais crítico, provocaram perdas de mais de mil milhões de dólares.
Noventa mil postos de trabalho foram suspensos. “Isso tudo, obviamente que reflectiu-se naquilo que foi o crescimento económico, nas receitas daquilo que as empresas poderiam ter feito como receitas, se tivessem operado”, diz o economista Eduardo Sengo.
Muhammad Abdullah, também economista, manifesta algum optimismo: “Esperamos que esta recuperação gradual continue e de forma mais forte, com maior intensidade, para que possamos de factor recuperara este sector desta grande crise em que se afundou durante a COVID”.
Com abertura anunciada esta quarta-feira, os economistas esperam que os postos de trabalho voltem a operar normalmente, sobretudo no sector do turismo, o que mais sofreou com as restrições. “Vai significar a recuperação paulatina e gradual dos postos de trabalho, é por isso que nós defendemos que o plano de recuperação empresarial vai acelerar esse processo. Vamos retirar alguma outra barreira que nem sequer tem a ver com a COVID” – diz Eduardo Sengo.
Por sua vez, Ezequiel Moiane quer que “Muitas pessoas que perderam os seus empregos consigam voltar para que a economia volte a produzir na sua máxima força, isso significa haver maior capacidade de mão-de-obra no mercado, disponível para fazer face à demanda das empresas nos próximos dias. O outro benefício que vai se registar a nível económico tem a ver com investimentos que ficaram retraídos devido as restrições”.
A abertura vai ajudar ainda na implementação do plano de recuperação empresarial para apoiar os sectores que mais sofreram com as medidas impostas pela COVID-19.