Terrorismo em Cabo Delgado provocou 435 mil deslocados. Há no grupo 4 mil crianças. Os dados foram actualizados pelo Governo, numa informação prestada, esta Quarta-feira, aos Deputados da Assembleia da República.
Segundo o Primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, as acções terroristas estão a criar centenas de milhares de deslocados internos, cujo número se situa, actualmente, em mais de 435 mil pessoas, que procuram refúgio em outros distritos da província de Cabo Delgado, Nampula, Zambézia, Niassa, Manica, Sofala e Inhambane.
O maior fluxo de deslocados internos registou-se recentemente com a chegada, na Cidade de Pemba, de mais de 10 mil pessoas, das quais 4 mil são crianças.
O Governo descreveu a situação de dramática e exigiu coesão de todos para enfrentar o terrorismo.
“ A partir deste pódio, queremos ainda, reiteradamente, apelar à coesão de todos os moçambicanos na luta sem tréguas contra estes inimigos do nosso desenvolvimento e bem-estar”, disse Carlos Agostinho do Rosário.
Quanto aos ataques da chamada Junta Militar da Renamo no Centro do país, o Primeiro-ministro aconselhou o movimento armado a enveredar pelo diálogo para resolver as suas inquietações.
“ Esta iniciativa do nosso Chefe de Estado testemunha o seu compromisso com a paz e reconciliação da família moçambicana. Assim, apelamos a auto-intitulada Junta Militar da Renamo a enveredar pelo diálogo para solução pacífica das suas inquietações e aderir ao processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) em curso”, sublinhou o Primeiro-ministro moçambicano.
A Presença do Governo no Parlamento é em resposta ao pedido dos deputados para prestar informações da actualidade política, económica e social do país.