Redução do custo de energia: Subsídio vai cobrir perdas da EDM

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A PARTE de receitas que a Electricidade de Moçambique (EDM) vai perder com a redução da tarifa de energia para os consumidores, como forma de mitigar o impacto da Covid-19 sobre a população, será compensada pelo Governo.

Para o efeito, a empresa já está a articular com o Executivo, que impôs a medida, para a identificação de mecanismos para a EDM conseguir fundos necessários para suportar as operações de manutenção e extensão da rede eléctrica nacional.

O desconto será de 50 por cento para os clientes da tarifa social, ou seja, a destinada às camadas mais desfavorecidas que consomem até 125 kva por mês, e de 10 por cento para os restantes, uma medida que vigorará por seis meses, a partir de Junho corrente. Este esforço vai custar à EDM cerca de 15 milhões de dólares norte-americanos, de acordo com Luís Amado, porta-voz desta empresa pública.

A redução da taxa de energia para consumidores gerais foi anunciada pela primeira vez em Maio último pelo Ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, intervindo na sessão da Assembleia da República.

Ontem, o porta-voz da EDM explicou que o montante vai fazer falta à empresa para cobrir diversos custos, incluindo a aquisição da própria energia que absorve 77 por cento das suas receitas, matéria que, entretanto, já está a ser articulada com o Governo. A medida vai beneficiar 179 mil clientes, dos quais 170 mil são os da tarifa social, mais comuns nas zonas rurais do país, onde decorre grande parte das obras de expansão da rede eléctrica, no quadro do programa de universalização do acesso ao recurso.

O Governo determinou também o pagamento deferido da taxa fixa para os grandes clientes da baixa e média tensão pelo mesmo período de seis meses. A suspensão do pagamento da taxa fixa passa pela solicitação, por parte do utente, contrariamente à redução, que é automática, segundo Luís Amado.

Apesar do corte nas receitas, a fonte disse que a meta de efectuar 300 mil novas ligações domiciliárias de energia se mantém e os trabalhos estão focados para as zonas rurais do país.

Relativamente à reposição do fornecimento de energia nos distritos de Macomia, Meluco, Quissanga, Ibo e Muidumbe, norte de Cabo Delgado, sabotado, há dias, pelos insurgentes que protagonizam ataques na região, a fonte disse não haver data, pois a movimentação de técnicos depende de garantias de segurança.


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