Duzentas empresas nacionais na cadeia de valor do carvão e gás natural

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Pelo menos duzentas empresas nacionais deverão participar na cadeia de bens e serviços a indústria de carvão, petróleo e gás natural em Moçambique.

Para o efeito, está em curso e, com abrangência nacional, um programa de certificação empresarial (PRONACER), com um investimento de cerca de 500 mil dólares norte-americanos.

A PRONACER é uma iniciativa da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), em parceria com a Fundação para a Melhoria do Ambiente de Negócios (FAN).

O processo de certificação de empresas nacionais surge num contexto em que o Governo tem já elaborado um projecto de lei do conteúdo nacional que vai complementar as várias legislações avulsas existentes sobre o conteúdo local.

Paralelamente as empresas multinacionais envolvidas nos projectos de pesquisa de hidrocarbonetos também possuem estratégias de conteúdo local com o objectivo de criar capacidade local e desenvolver fornecedores nacionais bem-sucedidos que possam impulsionar a criação de emprego e fornecer uma vasta gama de bens, serviços e habilidades nos padrões internacionais do sector de petróleo e gás.

Num relatório divulgado recentemente sobre as realizações da Confederação nos últimos dois anos e meio de governação, a CTA refere que no período em análise foram igualmente apoiadas outras 41 empresas através de financiamentos que totalizaram 240 milhões de meticais.

“Deste montante, que se enquadra numa iniciativa denominada Fundo Especial de Apoio Financeiro ao Sector Privado (FEREN) e que está a ser implementada pela CTA em parceria com a FAN e GAPI, estão inclusos cerca de 74 milhões de meticais para apoiar o sector empresarial no âmbito da recuperação pós ciclones Idai e Kenneth”, refere o relatório.

Em relação ao financiamento para a recuperação das instituições danificadas pelos dois ciclones que no início do ano atingiram o Centro e o Norte do país, a CTA refere que foram identificadas 28 empresas elegíveis, das quais 15 têm já os seus projectos aprovados.

“São seis empresas da província de Sofala, quatro de Manica e cinco de Cabo Delgado”, refere o documento.


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