A META de construir 35 mil casas até ao final deste ano, prevista no Plano Quinquenal do Governo (2015/2019), falhou devido a factores económicos internos e externos mas, o Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, João Machatine, garante que “o futuro é promissor”.
Falando ontem, em Maputo, na inauguração dos 64 apartamentos que fazem a primeira fase do projecto Zintava I, que está a ser implementado no distrito de Marracuene, Machatine disse que o Governo está a trabalhar em diversas frentes visando elevar a disponibilidade e acesso à habitação condigna pela população, sobretudo jovens e funcionários públicos.
O projecto Zintava I prevê a construção de um total de 160 casas em prédios de quatro pisos cada, e é propriedade do Fundo para o Fomento da Habitação (FFH).
Segundo João Machatine, entre as soluções em carteira consta a disponibilização, pelo FFH, de terrenos infra-estruturados, projectos-tipo e assistência técnica durante a autoconstrução; além de parcerias com o sector privado para edificação de casas em escala e com isenções fiscais na importação de materiais de construção para jovens e funcionários.
Objectivamente, segundo explicou Machatine, de 2015 a esta parte foram edificadas 733 casas e infra-estruturados cerca de 700 terrenos para autoconstrução em diferentes pontos do país.
Além do projecto Zintava I, que é suportado pelo Orçamento do Estado em 280 milhões de meticais, teve início, em Março último na mesma área, o projecto Zintava II, que prevê a construção de 1840 apartamentos numa parceria entre o FFH e a empresa Construções Cooperação Moçambique China, que vai desembolsar os 96 milhões de dólares norte-americanos necessários para as obras.
As primeiras mil unidades estarão concluídas nos primeiros meses do próximo ano.
Machatine lembrou ainda que em Julho, o Executivo, através do FFH, formalizou entendimento com outra empresa chinesa, desta vez a CITIC Construções, para edificação de 35 mil habitações, entre vivendas e apartamentos, entre 2020 e 2024.
Das 35 mil casas, 15 mil serão implantadas na região Sul e as restantes repartidas de forma igual entre o Centro e Norte do país.
O governador de Maputo, Raimundo Diomba, elogiou a opção pela construção na vertical, destacando que a província não tem tanta terra para cada família se implantar no seu próprio talhão.
Três modalidades foram definidas para o acesso às casas ontem inauguradas, nomeadamente, comparticipação na construção, pronto pagamento e prestações mensais por um período de até 20 anos.
Desta forma, o apartamento T2 pode ser imediatamente adquirido a 3.6 milhões de meticais, enquanto o T3 custa 4.2 milhões. Para quem não consiga pagar de uma só vez, abre-se a possibilidade de fazê-lo em prestações mensais de 17 e 19 mil meticais, respectivamente, durante 20 anos, de acordo com Armindo Munguambe, presidente do Conselho de Administração do FFH.