Experiência de Tsangano desencoraja a xenofobia

Partilhe

Provincia-de-Tete-1.jpg

O Presidente da República felicitou os moçambicanos que vivem no distrito fronteiriço de Tsangano, província de Tete, pela convivência harmoniosa com os vizinhos malawianos, o que para Filipe Nyusi é uma lição a ter em conta para desencorajar a xenofobia na região e no mundo.

“Felicitamos pela maneira harmoniosa como convivem com os vizinhos malawianos. As fronteiras dividem-nos apenas como países,mas temos uma cultura comum. Não há razão para nos perseguirmos. Vamos continuar a viver como irmãos. Isso é exemplo de coexistência sã na região”, disse o Chefe do Estado num comício em Tsangano.

Filipe Nyusi fazia alusão à violência xenófoba recentemente ocorrida na África do Sul, afectando cidadãos estrangeiros, incluindo centenas de moçambicanos. Parte das vítimas desta violência viu-se forçadaa regressar aos países de origem, despojadade seus bens adquiridos durante anos de trabalho.

O Chefe do Estado disse que tem estado a interagir com o seu homólogo sul-africano, Cyril Ramaphosa, de quem recebeu garantia de que todos os cidadãos estrangeiros serão protegidos, independentemente da sua nacionalidade.

Segundo Nyusi, o que é feito por um pequeno grupo de pessoas não deve pôr em causa o posicionamento dos Estados.

“Saúdo e encorajo a boa coexistência que caracteriza os moçambicanos. Não queremos violência”, disse.

Recordou aos moçambicanos que,aquando da sua deslocação à capital zimbabweana, Harare, para participar no funeral do malogrado Presidente Robert Mugabe, manteve um encontro com Cyril Ramaphosa, no qual o estadista sul-africano falou do que está sendo feito para desencorajar a xenofobia naquele país.

“Todos nós embarcamos na protecção dos cidadãos e no não à violência”, sublinhou.

Nyusi disse que o Governo defende a participação activa dos moçambicanos que vivem na diáspora no desenvolvimento do pais, de tal forma que sempre que realiza visitas de trabalho ao exterior prioriza encontros com moçambicanos para “colher ideias” de como tirar rapidamente o país da pobreza.

Nyusi falou ainda da necessidade de se replicar a experiência de Tsangano no processo da pacificação do país, tendo em conta os acordos de Cessação das Hostilidades e de Paz e Reconciliação Nacional.

Reafirmou que já está em curso o processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) da força residual da Renamo.

“Estamos à espera que eles se alistem. São moçambicanos que não precisam de continuar no mato. O nosso acordo é de paz e reconciliação nacional”, destacou o Chefe do Estado.

Almiro Mazive, AIM


Partilhe

Leave a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Scroll to Top
Active notificações e receba notícias no seu browser! OK Não, obrigado