Facebook diz não ser responsável por conteúdo “considerado falso”

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Consideração pode ser lida em carta enviada por executivo da empresa tecnológica.

Nos últimos anos tem-se debatido a influência de desinformação disseminada pelas redes sociais em atos eleitorais, com uma das plataformas mais criticadas a ser o Facebook. Apesar disto, a empresa de Mark Zuckerberg não parece interessada em fazer parte da discussão, com o vice-presidente do Facebook na região da Ásia e Pacífico. Simon Milner, a dizer que a moderação de conteúdo falso não é uma responsabilidade da empresa.

A consideração de Milner foi verificada pelo The Guardian Australia numa carta enviada pelo próprio ao partido Trabalhista da Austrália, em resposta ao pedido do dirigente político Noah Carroll de ver removida uma notícia falsa sobre a intenção do partido voltar a implementar o chamado ‘imposto de morte’. De recordar que este imposto foi abandonado nos anos 1970.

“Percebo que a sua preferência seria que o Facebook removesse todo o conteúdo que acredite tratar-se de desinformação – o que neste caso significa todo o conteúdo sobre se o partido Trabalhista pretende ou não introduzir o ‘imposto de morte’ – em vez de o despromover; porém, o Facebook apenas remove conteúdo que viole as normas da nossa comunidade”, escreve Milner. “Não concordamos que o nosso papel deva ser remover conteúdo que um lado do debate político considere falso”.

A carta foi enviada antes das eleições federais da Austrália deste ano, em maio. Apesar da resposta e de negar remover o conteúdo, Milner colocou-se à disposição para ajudar a moderar as eleições.


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