As províncias de Tete, Sofala, Zambézia, Manica e Nampula estão a testar um novo método de prevenção do HIV para pessoas com alto risco de contrair o vírus da Sida.
Denominado Profilaxia Pré-exposição (PrEP), o método consiste na toma oral de medicamentos anti-retrovirais. Estes são administrados a trabalhadoras de sexo, casais discordantes (um HIV positivo e outro não), raparigas e mulheres dos 15 aos 24 anos, e homens que fazem sexo com homens cujo risco de infecção é maior.
A propósito, Francisco Mbofana, director do Conselho Nacional de Combate ao Sida (CNCS), explicou que a pré-proflaxia do HIV é um novo método de prevenção combinada do vírus da Sida, recomendado pela Organização Mundial da Saúde.
A prevenção é feita tomando diariamente um comprimido para bloquear a infecção caso a pessoa tenha contacto com o HIV. O efeito começa a fazer-se sentir sete dias após a primeira toma.
“A Profilaxia Pré-Exposição não é para todos. Deve ser prescrita por pessoal médico clínico e não substitui o preservativo”, alerta Mbofana.
Explicou que a combinação de métodos de prevenção permite alcançar um maior nível de protecção, uma vez que a PrEP, ao contrário do preservativo, não previne de outras infecções de transmissão sexual e as gravidezes indesejadas.
Em Moçambique, os ensaios de utilização deste método iniciaram em 2016 em algumas províncias do centro e norte para se aferir a viabilidade e aceitabilidade, incluindo adesão da PrEP na população alvo.
Segundo Mbofana, não constituem verdade as informações que circulam nas redes sociais segundo as quais o PrEP está a ser implementado em todas unidades sanitárias do país para todo e qualquer cidadão.
“O MISAU distancia-se dessas informações por não corresponderem à verdade. O piloto está em curso e ainda não existem resultados que sugiram a expansão da PrEP em todo o território nacional”, esclareceu o director executivo do CNCS.