O sector da saúde necessita de rever as suas estratégias de atendimento e de desenvolvimento do seu quadro do pessoal, de modo a assegurar o reforço da cobertura universal e a oferta de cuidados primários ajustados aos momentos de transição epidemiológica.
Segundo tese defendida pela ministra do pelouro, Nazira Abdula, a experiência do dia-a-dia de atendimento nas unidades sanitárias e os resultados da avaliação dos serviços, demonstra que é preciso melhorar a qualidade da atenção prestada ao utente.
A ministra, que falava ontem na abertura do Conselho Coordenador do sector, a decorrer na cidade de Tete, destacou os avanços alcançados pelo seu pelouro na componente de expansão do acesso aos cuidados de saúde, no combate a grandes epidemias como a malária, HIV/Sida e tuberculose, bem como no aumento da rede de unidades sanitárias.
“O processo de descentralização constitui, em simultâneo, uma oportunidade e um desafio. Temos ainda crianças, adolescentes e jovens, adultos, homens e mulheres que ainda não têm acesso a uma unidade sanitária próxima”, disse a governante.
A ministra afirmou que a entrada em funcionamento do quarto hospital central no país levou a que toda a zona norte tivesse mais um hospital de referência com valências especializadas, o que permite reduzir a pressão sobre os hospitais centrais de Nampula, Beira e Maputo.
“Reduziu o impacto familiar e económico das transferências, a sobrecarga dos outros hospitais centrais em cerca de 1.200 cirurgias de grande vulto por ano e, acima de tudo, melhorou a qualidade de vida e da saúde das populações”, sublinhou.
Abdula disse que o governo reconhece a vacinação como a intervenção de saúde pública mais eficaz, pois antes do tratamento de qualquer que seja a doença, primeiro vem a prevenção.
No seu entender, o impacto da vacinação na saúde e na dinâmica da população é inestimável, tendo em conta que as vacinas previnem doenças e oferecem uma boa saúde, contribuem para um desenvolvimento cada vez mais sustentável e para o bem-estar da população.
“Por isso, o sector está ciente de que, com a administração de cada vez mais vacinas às nossas crianças, o Governo está a contribuir de forma segura para uma considerável melhoria dos indicadores da saúde infantil”, concluiu.