O Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a sua recandidatura à Casa Branca e, num comício em Orlando, Flórida, voltou a acusar os jornalistas de serem “Fake News” e disse que o país tem a melhor economia de sempre.
“Lanço oficialmente a minha campanha para um segundo mandato”, disse o republicano, na terça-feira à noite (01:00 de quarta-feira em Lisboa), diante de cerca de 20 mil pessoas, prometendo aos presentes que vai “manter a América grande” e de seguida ecoou o famoso slogan que o levou à vitória em 2016: “Make America Great Again” (“Tornar a América Grande Outra Vez”).
“A única coisa que esses políticos vão entender é um terremoto nas urnas, fizemos uma vez e vamos fazer de novo, e desta vez vamos terminar o trabalho”, disse Trump, que ao longo do discurso, de cerca de uma hora e 20 minutos, foi afirmando que os seus opositores democratas tentaram destruir o “movimento do povo norte-americano”.
“Os democratas foram contra mim, contra a minha família, mas o mais grave: foram contra vocês”, apontou, dirigindo-se aos seus apoiantes.
Donald Trump, como tem sido hábito, voltou a tecer duros comentários aos jornalistas. Enquanto se gabava da quantidade de apoiantes que encheram o polidesportivo Amway Center, apontou com o indicador para os jornalistas presentes e disse: “isto está aqui muito fake media, muito mesmo”.
Minutos antes, o Presidente norte-americano garantiu que a economia, neste momento, é “provavelmente a melhor economia da história” dos Estados Unidos.
Trump voltou ainda ao tema do combate à imigração ilegal e à construção do muro na fronteira com o México “que será maior, melhor e mais barato”.
As críticas ao sistema de saúde (“Obamacare”) e a necessidade de o revogar e substituir foram também uma das tónicas do discurso, assim como a guerra comercial com China.
A porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, que na semana passada Trump anunciou a saída da Casa Branca em finais de junho, apareceu no palco para uma breve apresentação e para agradecer ao Presidente norte-americano os três últimos anos em que trabalharam juntos.
Em 2016, poucos acreditavam que Trump alguma vez chegasse à Casa Branca, mesmo dentro do seu Partido Republicano, duvidando do seu estilo belicoso e do impacto negativo dos casos em que se ia envolvendo.
Três anos depois, Trump tem o partido unido, bons índices económicos e os adversários Democratas desalinhados, até relativamente ao início de um processo de destituição no Congresso, onde alguns acham que ainda não é tempo para explorar as consequências da investigação sobre a interferência russa nas eleições de 2016, que mostraram indícios de obstrução à justiça por parte da equipa de Trump.
Nos últimos dias, contudo, algumas sondagens tornadas públicas (algumas delas feitas pela própria candidatura de Trump) revelavam que vários dos 23 candidatos Democratas têm vantagem sobre o Presidente que, pela primeira vez na história dos estudos de opinião, cumpriu três anos de mandato sem nunca ter tido uma maioria a suportar a sua governação.