Casaram antes dos 18 anos, tiveram filhos ainda menores, viveram episódios de violência, desprezo e deram a “volta por cima”.
È a história da Tânia e Jesuina, duas meninas vítimas de uniões forçadas que hoje reconstroem o sorriso através de máquinas de costura, na província da Zambézia.
Tânia Xavier, tinha catorze anos quando teve gravidez precoce, foi obrigada a deixar a casa dos pais, abandonou a família, a escola e as brincadeiras. A vida de adolescente e os sonhos de criança ficaram substituídos por episódios de tristeza. Tânia passou momentos difíceis… Ser mãe ainda menina e perder confiança que a mãe sempre depositou.
Jesuina Manuel perdeu o pai cedo e viu-se forçada a casar aos 16 anos para apoiar a mãe e custear os seus estudos e dos seus irmãos. Mas, o seu relacionamento foi manchado por actos de violência.
As duas meninas hoje já adultas, tentam resgatar o sorriso através de máquinas de costura.
Com as mesmas máquinas que costuram a vida, Tânia e Jesuina reconstroem os sonhos brutalmente arrancados pela força destruidora das uniões forçadas.
Esta é a história de duas guerreiras do distrito de Morumbala, mas o retrato de milhares de meninas Moçambicanas, cujos projectos ficaram adiados por causa dos casamentos prematuros.