O Presidente da República, Filipe Nyusi, disse que a corrupção, os desastres naturais e os ataques em Cabo Delgado minam a realização dos grandes projectos do Estado que poderiam assegurar o bem-estar dos cidadãos.
Segundo o Chefe do Estado, estes constrangimentos merecem um tratamento mais audaz e eficaz para oferecer melhores oportunidades aos moçambicanos, de modo a contribuir da melhor forma para o desenvolvimento social e económico do país.
Falando ontem em Quelimane, província da Zambézia, na abertura da II sessão Ordinária do Comité Nacional da Associação dos Combatentes de Luta de Libertação Nacional, o Presidente Nyusi encorajou as famílias afectadas pelos ciclones Idai e Kenneth a continuar na busca de capacidade de resiliência, adoptando soluções locais para a retoma normal das suas vidas.
Nyusi recordou que os desastres naturais causaram luto e destruição de importantes infra-estruturas socioeconómicas de suporte ao desenvolvimento, afectando sobremaneira o crescimento do país.
O mais alto magistrado da nação reiterou que o Governo vai, no contexto da reconstrução pós-desastres naturais, garantir a inclusão de todos os afectados, bem como a gestão transparente dos recursos disponíveis, tendo reiterado o agradecimento à resposta dada pelos parceiros e doadores na assistência e alocação de fundos para reerguer o que foi destruído.
Entretanto, pouco depois de chegar a Quelimane no sábado, o Presidente da República prometeu que o seu Governo está a projectar uma Zambézia do futuro, através da construção de vários empreendimentos socioeconómicos para garantir a absorção da mão-de-obra.
Segundo ele, alguns projectos previstos não aconteceram devido a razões conjunturais e dos fenómenos calamitosos, tendo prometido que os mesmos serão retomados a partir deste ano.
Neste momento, há projectos-âncora que estão na fase de execução e outros ainda por iniciar, como a central solar de Mocuba, linha férrea Moatize-Macuse e o respectivo porto de águas profundas.