O Presidente francês, Emmanuel Macron, convocou hoje as principais autoridades
de segurança, após a polícia não ter conseguido conter os distúrbios ocorridos durante os protestos do movimento “coletes amarelos” em Paris, no fim de semana.
O primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, prometeu anunciar hoje novas medidas para evitar a repetição da violência registada no sábado e que causou significativos danos nos Campos Elísios, em Paris.
Um dos agentes de segurança que se reuniu hoje com Macron e o secretário de Estado do Interior, Laurent Nuñez, reconheceu que a resposta da polícia francesa aos distúrbios de sábado foi “um fracasso”.
Em declarações à rádio RTL, Laurent Nuñez disse que a polícia estava preparada para um aumento da violência, contudo os manifestantes foram excecionalmente radicalizados.
O secretário de Estado do Interior explicou que as autoridades estavam “menos reativas” do que em manifestações anteriores e também mais cautelosas sobre o uso de balas de borracha devido aos numerosos ferimentos nos últimos protestos.
No mês passado, o parlamento francês aprovou um projeto-lei apoiado pelo Governo de Macron para impedir um aumento da violência nos protestos e para ajudar as autoridades a manter a ordem.
Segundo a agência de notícias Associated Press, a lei ainda não entrou em vigor, uma vez que o Conselho Constitucional tem de avaliá-la primeiro.
Mais de 100 pessoas foram detidas no sábado devido aos violentos distúrbios ocorridos durante os protestos dos “coletes amarelos” na capital francesa, indicou a polícia de Paris.
No 18.º fim de semana consecutivo de manifestações contra o Presidente Emmanuel Macron, várias lojas foram pilhadas e incendiadas no centro de Paris e os manifestantes confrontaram a polícia, que respondeu com gás lacrimogéneo e canhões de água.
A violência registada desde há quatro meses em França nos protestos dos “coletes amarelos”, que causou significativos danos este sábado nos Campos Elísios, em Paris, forçou o Governo francês a rever a estratégia de segurança, criticada pela oposição.