O site TechCrunch apontou três motivos que justificam uma mudança da liderança à frente da rede social mais utilizada do mundo.
Mark Zuckerberg falou finalmente ao mundo sobre a polémica relativa à Cambridge Analytica. Enquanto as opiniões se dividem sobre a eficácia do comunicado na página do Facebook de Zuckerberg ou as medidas para evitar situações semelhantes no futuro, há quem ache que a tecnológica necessitava de uma mudança na liderança.
O TechCrunch defende este ponto de vista, apontando três motivos que devem levar Zuckerberg a resignar ao cargo da empresa que fundou. Um deles está no falhanço do Facebook nos vários campos em que se posicionou. Seja como plataforma de gaming, plataforma para ligar diferentes aplicações, fontes de notícias fidedignas ou empresa de media, é inegável que o Facebook por esta altura não transmite a confiança que uma rede social da sua dimensão deveria ter.
Outro motivo está na missão original do Facebook de ligar diferentes pessoas de todo o mundo. “O Facebook não é uma plataforma para ligar as pessoas, é uma plataforma para monetizar as ligações que as pessoas fazem por si. A empresa simplesmente não dá prioridade à qualidade destas ligações de forma significativa”, escreve a publicação. “A missão do Zuckerberg de ligar todo o mundo não acontecerá da forma como ele planeou nem acontecerá. Ironicamente, foi o sucesso da sua própria visão que demonstrou os limites da sua visão”.
O terceiro e último motivo prende-se com as recorrentes polémicas em que o Facebook se tem envolvido, desiludindo não só utilizadores como também clientes e reguladores. As ‘fake news’ que proliferaram durante as eleições presidenciais dos EUA (por exemplo) ainda não foram esquecidas. Mark Zuckerberg pode ter criado o Facebook mas uma mudança de liderança poderia dar à empresa uma ‘cara lavada’ permitir um novo começo.
Entretanto, é inegável que o fundador se poderia dedicar a esforços filantrópicos que tem criado ao longo dos últimos anos – a Chan-Zuckerberg Initiative ou o Internet.org – de modo a ajudar regiões empobrecidas do globo de formas que o Facebook nunca poderia.