A descoberta abre portas a que se criem novos modelos de identificação da doença, o que permite pensar em formas de tratamento mais específicas a cada caso.
A par de um estilo de vida pouco saudável, a própria genética pode ser responsável pelo desenvolvimento de cancro. Foi desta segunda causa que partiu um estudo publicado esta semana, no sentido de identificar os genes responsáveis pela doença, ou risco da mesma.
O estudo baseou-se numa técnica anteriormente desenvolvida pela Universidade de Londres, que identifica as interações entre diferentes regiões do genoma – conjunto dos genes e outras sequências não codificadoras que juntas criam toda a informação hereditária do ser humano.
Das 63 regiões analisadas, em 33 os cientistas encontraram 110 genes que potenciam o aumento dos riscos do cancro da mama se desenvolver.
Até então, apenas 14 genes eram conhecidos como tal pelo que a recém descoberta obriga a que se analise os ‘novos’ genes, no sentido de se perceber em detalhe o risco de cada um.
Segundo Olivia Fletcher, responsável pela referida pesquisa,”Identificar estes novos genes vai nos ajudar a compreenrer em maior detalhe a genética do risco de cancro de mama.” Um aspeto bastante relevante, principalmente para um tipo de cancro que, segundo a Organização Mundial de Saúde, é o mais frequente entre as mulheres, e cada vez mais tem afetado a população feminina.