Sentença do Caso “Vilanculos”lida esta sexta-feira
É lida amanhã, sexta-feira, a sentença do caso de assassinato do procurador Marcelino Vilanculos, morto a tiros à porta da sua residência no dia 11 de Abril de 2016.
O caso tem como ré, Edith da Câmara Cylindo acusada de co-autora material do crime de homicídio qualificado.
Dos 4 suspeitos do assassínio do Magistrado Marcelino Vilanculo, apenas Amade António e Edity Cylindo estão sob custódia das autoridades judiciais.
Os outros 2 são José Aly Coutinho encontrado morto em Maio de 2017, depois de ter sido resgatado por um grupo de desconhecidos, quando era conduzido, numa viatura celular, para fins de audição numa esquadra da cidade de Maputo. Com Coutinho estava Alfredo Muchanga, também encontrado Morto. Mas para este último, o Ministério Público não encontrou indícios que o ligam ao crime de assassinato de Marcelino Vlanculos.
Outro réu é Abdul Amade Tembe que escapou do estabelecimento penitenciária da província de Maputo, na altura levando à detenção do director e guardas da prisão.
Alega-se que Abdul Tembe, conduzia a viatura que levava o resto da quadrilha que disparou contra o procurador.
Pesam sobre Edith Cylindo, dois crimes, de co-autora material do homicídio qualificado e associação para delinquir.
O outro indiciado detido, Amade António deverá ser julgado num outro processo principal que neste momento esta sob jurisdição do tribunal supremo, onde aguarda-se a decisão em relação ao recurso apresentado sobre o despacho de pronunciamento.
Edith da Camara Cylindo encontra-se, atualmente, detida nas instalações do Estabelecimento Penitenciário Preventivo da Cidade de Maputo, local onde decorreram as audiências de discussão e julgamento, por razões de segurança.
A leitura da sentença terá lugar no tribunal Judicial da Província de Maputo, na Cidade da Matola.
Durante as sessões de julgamento, a ré negou que tenha feito parte do grupo de criminosos que assassinou o magistrado do Ministério Público.
Entretanto, o Ministério Público provou, no dia 11 de Abril, data em que foi assassinado o procurador Marcelino Vilanculos, que foi depositado um montante de um milhão de meticais na conta da ré.
Contou no julgamento que o valor em causa é fruto dos seus negócios, venda de roupa, arrendamento de uma casa do pai na cidade de Pemba, província de Cabo delgado, do empréstimo informal que fazia a determinadas pessoas que devolviam o valor com juros, de câmbio de dólares e da assessoria prestada a uma empresa ligada à área mineira.