Renzi admite vetar fundos europeus se outros países não ajudarem na questão dos refugiados

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A Itália chegam milhares de migrantes e refugiados todos os dias. Só este ano o país já recebeu mais de 155 mil pessoas, mais do que em todo o ano passado, e o país disse que não pode voltar a receber tanta gente no próximo ano.

O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, pediu a solidariedade dos outros países da União Europeia e admitiu, numa entrevista à RAI, os fundos de Bruxelas para países que se recusem a ajudar a Itália e a Grécia, que acolheram centenas de milhares de migrantes nos últimos anos.

“ Este mecanismo de darmos 20 mil milhões de euros à Europa e nos restituírem 12 acabou”, realçou Renzi. Questionado pelo jornalista se admitia usar o veto, respondeu: “ Sim, absolutamente. Os direitos e as obrigações são para todo o mundo. É muito fácil pegar no nosso dinheiro e construir muros. O dinheiro não passa através dos muros. Se construírem muros, travam os migrantes, mas não receberão mais dinheiro da Itália”.

Bruxelas pediu ao Governo italiano para explicar a revisão em alta do défice nominal previsto para o próximo ano. Uma das razões apontadas por Roma é o fluxo de migrantes.

Esta quarta-feira, a União Europeia começa a formar a Guarda Costeira da Líbia, no âmbito da operação Sophia, contra o tráfico de migrantes.


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