Milhares de pessoas participaram, na catedral de Rouen, no norte de França, na última homenagem ao padre Jacques Hamel. A cerimónia teve lugar exatamente uma semana depois do assassinato do sacerdote octagenário, na igreja Saint-Etienne-du-Rouvray, na Normandia, pela mão de dois “jihadistas” que disseram atuar em nome dos extremistas do autoproclamado Estado Islâmico.
O arcebispo de Rouen, que conduziu a homilia, saudou a participação de fiéis de outras confissões religiosas, nomeadamente da comunidade judaica e muçulmana.
Uma participante explica que não é “católica, nem religiosa”, é “ateia”, mas decidiu marcar presença “num ato de rebelião contra o terrorismo”.
Outro frisa que “é importante estar aqui, como cidadão muçulmano”, para “mostrar união com os fiéis e os compatriotas, num momento de comunhão”.
Outra ainda afirma que conhecia “um pouco o padre”, da época “em que vivia em Saint-Etienne-du-Rouvray”, e diz sentir-se “muito tocada por este ato inaceitável contra alguém que apenas fazia bem aos outros”.
As obséquias decorreram debaixo de fortes medidas de segurança e contaram com a presença do ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, e do presidente do Conselho Constitucional, Laurent Fabius.