Oaparelho, um Embraer 120 da empresa queniana African Express, embateu no solo próximo do aeroporto da cidade meridional de Bardale, no estado do Sudoeste.
"É terrível. Perdemos seis passageiros. Ninguém sobreviveu", afirmou o ministro estadual dos Transportes, Hassan Hussein, em declarações citadas pelo diário local Garowe Online.
Em comunicado, o Governo federal da Somália precisou que o avião era proveniente da cidade de Baidoa, no sul, onde tinha feito escala depois de ter deixado Mogadíscio.
O acidente ocorreu cerca das 15h30 horas locais (13h30 hora de Lisboa).
"O Governo está a fazer uma investigação exaustiva e divulgará os resultados oportunamente. As nossas mais profundas condolências às famílias e amigos que possam ter perdido os seus entes queridos", acrescentou o executivo.
As autoridades somalis não se pronunciaram sobre informações que levantam a hipótese de o avião ter sido derrubado acidentalmente por tropas etíopes integradas na missão da União Africana na Somália (AMISOM), que se encontram destacadas na região para combater o grupo 'jihadista' Al-Shebab.
Em Nairobi, onde esta a sede da empresa de aviação, a African Express lamentou, através da sua conta na rede social Twitter, a perda de seis vidas.
"Exigimos uma investigação exaustiva. É um dia triste para a aviação", acrescentou a companhia, sem avançar detalhes sobre os falecidos.
Entretanto, o jornal queniano "Daily Nation" avançou que se trata de dois pilotos quenianos e quatro nacionais da Somália.
Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Quénia pediu às autoridades somalis que investiguem "as confusas circunstâncias" da tragédia.
A Somália regista 756 infeções e 35 mortes por covid-19.
A Somália vive em conflito e em estado de caos desde 1991, quando foi destituído o Presidente Mohamed Siad Barre, que deixou o país ingovernável e nas mãos de milícias islamitas e senhores da guerra que disputam o território.